A VP Dicas traz um depoimento na “primeira pessoa”, da Imigrante Brasileira Andressa Lauer, Capixaba, mãe de dois filhos e casada. Andressa conta como foi seu planejamento, adaptação e atuação em Portugal. Andressa faz parte da comissão da primeira “Associação de Professores Brasileiros em Portugal”.
“Nosso planejamento para vinda a Portugal iniciou-se um ano antes da efetiva viagem, pois nossos planos seria vir com toda a família. Nos organizamos e chegamos em terras lusitanas no dia 28 de fevereiro de 2020,no início da pandemia do Covid-19.
Por intermédio de uma amiga, saímos do Brasil com um imóvel previamente arrendado na margem sul. Neste lugar o arrendamento é mais baixo, e é perto de Lisboa, onde se tem mais oportunidades de emprego.
Dia 18 de março entramos em confinamento total e percebemos que estávamos em meio a pandemia, prestes ao confinamento.
Por auxílio de um grande amigo, antes de entrarmos em confinamento, conseguimos fazer nossos documentos, NIF, NISS, abertura de conta e comprovante de moradia na Junta de Freguesia. Depois disso, estamos aptos à conquista de emprego. E bem no meio da pandemia - Lá fomos nós!
Meu esposo conseguiu emprego em abril de 2020, Precisei ficar com as crianças para depois pensar em trabalhar, mas dois meses depois, em junho, logo após o mercado de trabalho começar a reabrir, também consegui meu emprego.
Durante este período, eu e meu marido demos entrada na Manifestação de Interesse, dentro dos 90 dias que ainda estava com o Visto de Turista. Saiba mais sobre a Manifestação de Interesse neste artigo.
Lembram quando disse que nós planejamos por um ano antes de vir? Pois bem, em julho de 2020 matriculei meus filhos na escola e o mais velho, na época, estava com 12 anos matriculado no sétimo ano.
Agendei no SEF, pois minha intenção seria também a minha residência pelo abrigo do Artigo 92. A data agendada foi em outubro de 2020. Levei toda a documentação e consegui a AR (Autorização de Residência) do meu filho, assim como a minha naquele mesmo dia.
Ao chegar os cartões de AR na minha residência, consegui fazer também o Reagrupamento Familiar do meu filho mais novo e também do meu esposo ( março de 2021).
Um ano em Portugal e eu e toda minha família estávamos regularizados.
Quando vim para Portugal, trouxe comigo meu diploma apostilado. Não pensava em reconhecimento e sim em fazer um mestrado. Sempre li que a pedagogia não existe por aqui e que era impossível atuar na minha profissão. Então, deixei meu diploma na gaveta até ver o que iria fazer.
Em março de 2021, estava a trabalhar como auxiliar de enfermagem, o mesmo emprego que entrei desde junho de 2020. Em uma discussão em grupo de professores brasileiros no Facebook, percebi a possibilidade de atuar como professora em Portugal. Duas pessoas precursoras em informações sobre este processo foram extremamente solícitas e me ajudaram muito para poder iniciar meus processos.
Iniciei a busca dos documentos para os processos de reconhecimento de nível em maio de 2021, escolhi o Instituto Politécnico de Lisboa. Após um pouco mais de 90 dias úteis, no (final de setembro de 2021), consegui o reconhecimento da minha licenciatura.
Em seguida, consegui concluir a lista de documentos para dar entrada ao processo de reconhecimento profissional junto ao DGAE - Direção Geral da Administração Escolar.
No mês seguinte (outubro de 2021), concluí toda a documentação e dei entrada ao processo, e o requerimento foi para os grupos 100 (pré-escolar) e 110 (primeiro ciclo).
Objetivo algumas comunicações do órgão durante o processo, acrescentei documentos solicitados.
E, em janeiro deste ano de 2022, recebi um email informando que o meu processo está finalizado e que receberia a conclusão via postal.
Neste ínterim, nunca deixei de colocar currículos em vagas disponíveis nas escolas. Por ter a licenciatura reconhecida tive oportunidades para contratação como “auxiliar de ação educativa”, mas não houve compatibilidade de horários.
Neste mesmo mês( janeiro de 2022), recebi uma proposta para uma entrevista, no cargo de “professora de pré-escola”. Como tinha o ofício do DGAE , com a conclusão do processo, iria ser contratada, caso selecionada, com prazo para entrega do reconhecimento.
Depois de um ano e alguns meses, eu enfim consegui uma vaga de trabalho conforme minha área de formação!
No dia que comecei minhas atividades como professora, recebi também pelos correios (CTT), a carta do DGAE com o meu reconhecimento do pré- escolar e medidas compensatórias (prova de aptidão) para o reconhecimento para o primeiro ciclo.
Penso comigo, que é uma etapa vencida, e que é fundamental para atuação na minha área de trabalho que estou sendo contratada.
Diante do sucesso do meu caso, resolvi ajudar outros profissionais como eu, e por isso, sou incessante e persistente na busca de informações para que mais professores sejam reconhecidos para atuar aqui em Portugal. Sou participante ativa de grupos de professores e pedagogos no Facebook e whatsapp, e sempre perpetuando boas notícias, divulgando meu tutorial de passo a passo dos processos e incentivando os colegas a fazer parte da primeira “Associação de Professores Brasileiros em Portugal”. Faço parte da comissão de organização e neste momento, é de caráter cooperativo, sem fins lucrativos.
Á título de contribuição para a Associação de Professores Brasileiros em Portugal, a VP Dicas Lda, oferece para os serviços de NIF (Número de Identificação Fiscal), um desconto de 20% para os profissionais imigrantes, ou futuros imigrantes ligados à educação, independente da nacionalidade. Peça seu desconto!
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